2018 e nenhuma promessa foi feita.
É difícil ver “todo mundo” bem, crescendo profissionalmente,
tendo a vida que sempre quis, e não se encaixar nesse molde novo do sucesso
global em que todos parecem estar.
É quase impossível não se comparar/desesperar/deprimir/afundar.
Mas não se comparar é um exercício complicado e diário que começa deixando a
gente ansioso, por não sofrer, não sentir, não falhar. Não olhar pra grama
verdinha do vizinho parece absurdo nesses tempos de vida perfeita nas redes
(anti)sociais, como não ver que fulano vive viajando ou comprando casa ou carro
novo? Como não ver e não se achar menor porque o dinheiro que entra vai embora
em boletos e comida, em sobrevivência?
Eu to tentando achar meu equilíbrio, aquele que me permite
ter o meu tempo e entender que o meu tempo é só meu, e que é nele que eu
acordo, trabalho, estudo, me divirto, choro, caio e levanto. É no meu tempo que
a minha vida anda e vai continuar andando, é no meu e não do meu vizinho. O tempo
dele é dele e ponto! Eu ainda não encontrei o balanço perfeito entre o eu e o
outro, ainda faço aquela comparadinha com o amigo do instagram, ainda há
momentos em que desistir parece o real e que meu tempo é o tempo errado das
coisas sempre, mas hoje eu posso dizer que tô tentando. E o que seria da
humanidade se não continuasse tentando? Eu tô tentando e espero ter forças pra
continuar tentando, porque a vida é isso: Tentar evoluir no seu devido tempo.
Jéssica, é tudo no teu tempo!