O último ano

Senta aqui e resolveremos o problema

Respira fundo e ouve o que tenho a dizer

Esse teu medo é normal

É que não há final sem dilema

Você pensa que não pode

Teme não ser suficiente

Mas siga firme e em frente

Acredite em você

É difícil enxergar com clareza agora

Tudo parece desabar e o tempo corre

Todos têm seu ritmo, sua hora

Não desista após chegar até aqui

Somos iguais em tantas partes

Esse medo também é meu

É o final de um livro difícil

É o prefácio de um livro novinho

Uma página de cada vez

Assim a gente encontra um jeito

Assim a gente esquece o medo

Assim a gente descobre que consegue

Assim a gente percebe que já conseguiu.

P.S. Camilli, bicha, "Tamu junto"  ;)

Outros olhos

Como eu queria me ver através dos olhos dele

Deus sabe o quanto eu queria

Pelos olhos dele eu sou maior, sou mais

Sou de ninguém, sou dele

Abraço rápido pra disfarçar

É segredo

As pessoas gostam de falar

No coração dele eu descanso

Acho que fiz morada

Ali é terra boa para se plantar

Na confissão dele eu me encontro

Como eu queria me ver através dos olhos dele.

Corre!

Por isso corre, corre, corre coração
De nós dois eu nunca fui a mais veloz
Leve tudo que quiser, mas não volte atrás
Minhas lágrimas jamais vou te dar
Por isso corre como sempre sem olhar pra trás
Isso é normal e, na real, não ligo mais

Foram tantas despedidas que, na verdade, te dedicar um verso a mais não é normal, por isso corre, como sempre... Eu não irei atrás.

;)

Verdade seja dita...

"E, tudo tende a dar errado, quando lutamos pelas coisas erradas."

 Só não sei porque eu não entendo isso de uma vez e desisto de querer fazer o errado ser o certo. Minha luta é inútil e só há uma pessoa que vai sofrer (que já sofre) com isso, e essa pessoa sempre acaba escrevendo o que fica entalado na garganta num caderninho sob a luz do celular e da janela, e acaba sonhando com o que mais deseja esquecer. Eu repito, é inútil.

:/

A metade que sabe

Ela que é uma das minhas metades que deixei por aí

Ela que sempre é a razão no meio da minha tempestade emotiva

Ela que sempre sabe o que dizer e quando calar

Ela que cresceu sem um pedaço e se tornou inteira tão rápido

Ela que equilibra meu desequilíbrio mesmo à distância

Ela que me enxerga tão bem mesmo quando não me vê

Ela que tanto sabe de mim que é pedaço meu

Ela vê e diz

Ela escreve e lê

Ela grita aos meus ouvidos o que tento negar

Ela fala e eu acredito

Ela se preocupa e me pede cuidado

Ela sabe

Deus, como ela sabe!

Ela sabe que essa metade aqui é coração

Ela sabe que a razão é com ela

Ela sabe que meus pés saíram do chão

Ela sabe que eu preciso fazer algo pra mudar isso

Ela sabe, ela sabe melhor do que ninguém

Ela sabe porque ela sou eu também.

A mudança do outro

Mesmo desacreditando mais nas pessoas, duvidando da mudança de vida que as pessoas dizem ter passado, acredito no poder da música, do amor... E, esses dias, me disseram que, o que mais dói não é desistir do que se tem pra ser uma pessoa melhor, o que machuca é que duvidem da vontade de mudar.
Sendo assim, calo-me e, a partir de agora, vou tentar ouvir e não julgar.

Aprendendo a falar menos e a ouvir mais,

                                                                                     Luna.